Por Bernardo Krebs, empresário e CEO da Gama
O South by Southwest (SXSW), um dos maiores eventos globais de inovação e criatividade, reuniu especialistas em Austin, Texas (EUA), para debater tendências e desafios do futuro. Um dos temas deste ano foi a necessidade de se preparar para desastres naturais.
Em um dos painéis, Jake Sotiriadis, ex-chefe de previsão estratégica do Pentágono, e Cyndi Coon, diretora da Threatcasting.ai, propuseram um olhar estratégico sobre como prever e mitigar catástrofes ambientais.
Especialistas destacam que o futuro traz a chance de desenvolver soluções para problemas que ainda não existem, mas exigem prevenção
No Brasil, de 1991 a 2022, foram registrados mais de 23 mil eventos de inundações, enxurradas e deslizamentos, resultando em quase 4 mil óbitos e mais de 8 milhões de desabrigados. Especialistas destacam que o futuro traz a chance de desenvolver soluções para problemas que ainda não existem, mas exigem prevenção.
Profissionais da área de segurança e gestão de riscos ressaltam a importância da antecipação, enfatizando que empresas e governos precisam estar preparados para possíveis ameaças.
A evolução tecnológica tem sido determinante na gestão de riscos e desastres. Conceitos como cidades inteligentes, ESG e inteligência artificial oferecem soluções inovadoras para respostas a crises.
Para simular uma enchente em uma comunidade, foram usadas metodologias avançadas empregadas por grandes empresas e governos estrangeiros. Os cenários projetados se assemelhavam assustadoramente ao ocorrido no Rio Grande do Sul em 2024.
No último ano, a resposta da população brasileira às catástrofes demonstrou a força do engajamento comunitário. Diante da emergência, a mobilização espontânea foi essencial para mitigar impactos da tragédia, mas essa cooperação precisa ser incentivada e organizada continuamente, não só em momentos de crise.
O SXSW 2025 evidenciou que, ao substituir relatórios de alto nível por um senso prático de urgência, é possível criar políticas mais eficazes. Planejamento estratégico, tecnologia e ação coletiva podem não apenas reduzir perdas, mas salvar vidas e fortalecer a resiliência das comunidades.
