Por Rafael Dalla Coletta, CFO da SLC Máquinas e vencedor da 34ª edição do Prêmio Equilibrista, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças RS (Ibef-RS)
No âmbito pessoal ou profissional, não faltam exemplos que ilustram como a nossa vida mudou ao longo do tempo. E além de gerar novos comportamentos e tendências, as transformações que pautam o mundo e influenciam a forma como nos relacionamos com ele também nos oportunizam refletir sobre o fato de que a mudança talvez seja a nossa única certeza na jornada a ser percorrida.
Somente na última década, vimos a automação e a inteligência artificial tomarem seu espaço nos processos produtivos, o trabalho remoto ganhar força e os ciclos de projetos se tornarem mais variáveis e imprevisíveis. Da porta do escritório para fora, a pauta ambiental impactou a todos. Passamos temporadas seguidas de estiagem, uma pandemia e, mais recentemente, pela maior tragédia climática da história do RS.
Em um ecossistema mais complexo, dinâmico e exigente, o gestor é antes de tudo um equilibrista
Se o novo é constante e inevitável, adaptar-se a ele, portanto, é essencial. Diante deste contexto, percebemos nos mais diferentes ambientes corporativos que a figura do gestor empresarial evoluiu para muito além da figura de um líder cumpridor de metas.
Em um ecossistema mais complexo, dinâmico e exigente, o gestor é antes de tudo um equilibrista. E nos extremos da balança, os desafios muitas vezes são proporcionais às oportunidades.
Empoderar os times de trabalho e fomentar uma cultura organizacional inovadora e ágil, capaz de responder de forma eficiente às constantes mudanças do mundo, talvez seja um dos principais desafios a serem cumpridos hoje em dia. No mercado de finanças — segmento marcado por oscilações nas esferas legal, jurídica, tributária e política — certamente.
Entre poucas certezas de um mundo cada vez mais incerto, seguir em frente depende da nossa capacidade de aprender com ele. Em qualquer trajetória, a linha que conecta o ponto A ao ponto B não é sempre retilínea. As curvas fazem parte de todo um processo que pode e deve ser entendido como uma oportunidade de aprendizado. Para o bom equilibrista, a perfeição não existe. Mas o novo é sempre bem-vindo.