Por Fernanda Estivallet Ritter, presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)
A cerimônia de posse da diretoria do Instituto de Estudos Empresariais, no último dia 29, foi uma demonstração da importância dessa entidade, que tem como missão a formação de jovens lideranças empresariais com base nos princípios da liberdade, da responsabilidade individual e do respeito à propriedade privada e ao Estado de direito. Há gerações, o IEE forma lideranças que acreditam na construção de uma sociedade mais livre. Mas como e quando um indivíduo pode, realmente, se sentir livre?
Estamos enfrentando uma crise existencial: falta de ética, crises institucionais, lideranças fracas e benesses aos amigos daqueles que estão no poder. Nossa sociedade não aceita mais um Estado inchado, que serve apenas a si mesmo.
Lutamos para não sermos tutelados pelo Estado, desejamos liberdade
Lutamos para não sermos tutelados pelo Estado, desejamos liberdade. Buscamos expressar nossas opiniões sem temer a censura ou o cancelamento. Queremos a liberdade de empreender, sem carregar o peso de altos impostos. Precisamos ter o direito de cuidar e prosperar em nossas terras, sem o temor de invasões. Desejamos proporcionar uma educação de qualidade para nossos filhos, sem a imposição de doutrinação nas escolas. Ansiamos por instituições e um sistema judiciário confiáveis, independentemente de tendências ou vieses ideológicos.
O IEE tem se empenhado nessa missão há quase 40 anos. Para que possamos efetivamente avançar, precisamos contar com lideranças fortes e capacitadas. Precisamos reaprender a dialogar e a disseminar nossos ideais de liberdade. Devemos continuar acreditando no potencial do indivíduo e na meritocracia, reconhecendo que a iniciativa privada tem melhores condições para gerar resultados do que um Estado burocrático e lento.
A reinvenção de nosso país requer mais empreendedores e menos ideologia. Mais ética e menos esperteza. Devemos manter o otimismo, a inquietude e a crença de que dias melhores estão por vir. Precisamos exigir mudanças e ser proativos, estando prontos para assumir responsabilidades e ocupar os espaços que foram negligenciados por muito tempo.
O caminho é longo, e não há soluções rápidas. Mas é preciso avançar e manter vivo o propósito que há quase quatro décadas impulsionou os fundadores do IEE e hoje nos inspira a seguir em frente.