O Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, abre neste sábado os seus portões para mais uma Expointer. A 45ª edição da mostra, no entanto, tem peculiaridades que fazem o evento merecer atenção especial. Em primeiro lugar, é a volta às atividades a pleno, sem restrições sanitárias, após dois anos de limitações devido aos cuidados necessários por conta da covid-19. Espera-se, assim, uma presença maior de público, revivendo o período áureo de integração entre campo e cidade, interrompido pela pandemia. A programação outra vez completa, da mesma forma, volta a ser um forte atrativo tanto para visitantes urbanos quanto para quem vai à feira para fazer negócios, conhecer as novidades, tendências e se inteirar sobre os principais temas de interesse do campo.
Quem investe está olhando adiante, e o agronegócio, no país e no Rio Grande do Sul, tem um horizonte promissor
A Expointer, como grande mostruário do agronegócio gaúcho, consolidou-se como o palco do melhor da genética animal, da tecnologia de ponta do maquinário agrícola e dos novos serviços oferecidos aos produtores rurais. Ao mesmo tempo, firmou-se como ponto de encontro das lideranças do setor, quando são discutidas as principais questões que preocupam o segmento e articuladas soluções políticas para as demandas da agropecuária gaúcha e brasileira. Vai muito além, portanto, do caráter festivo e de termômetro de perspectivas comerciais.
Sem limitações sanitárias, a 45ª edição se reencontra com todas as suas faces e eventos paralelos. Grande atração para o público em geral e aficionados, a final do tradicionalíssimo Freio de Ouro, principal competição do cavalo crioulo e que chega a quatro décadas, volta a ser realizada durante a feira. Desta vez, no entanto, os vencedores serão conhecidos no segundo fim de semana da mostra. O pavilhão da agricultura familiar, outro sucesso a partir de décadas mais recentes, terá mais expositores do que em 2019, último ano antes da crise sanitária. Na elite genética, o número de animais de argola inscritos também é superior a três anos atrás, outro indicador de confiança dos criadores e do caráter de retomada da Expointer. A sustentabilidade e a inovação, temas prementes no mundo, serão assuntos centrais em um momento em que o planeta discute como conciliar a preservação ambiental e o necessário aumento da produção de alimentos. Mais uma vez a Expointer mostra-se, além de atenta às demandas locais, sintonizada com as inquietações globais.
A organização projeta cerca de 600 mil visitantes e estima R$ 4 bilhões em negócios. Se o volume de vendas alcançar este montante será um resultado extremamente positivo, levando-se em conta que o Estado se recupera dos reflexos de uma estiagem severa, que dizimou lavouras e derrubou o PIB no primeiro semestre. Quem investe, no entanto, está olhando adiante, e o agronegócio, no país e no Rio Grande do Sul, tem um horizonte promissor. Para isso, no entanto, é preciso sempre elevar a produtividade e a eficiência. São requisitos essenciais, ao lado da dedicação e da competência dos homens e das mulheres do campo, que, trabalhando de sol a sol, ajudam a escrever a história do setor mais competitivo da economia brasileira.