Por Fernanda Melchionna, candidata à prefeitura de Porto Alegre por PSOL, PCB e UP
A Porto Alegre de 1º de janeiro de 2023 estará novamente nos livros de história pela sua garra e pioneirismo, como quando derrotou o golpe em 1961 com a Legalidade. A Capital, representada por sua prefeitura, se somará ao amplo movimento nacional contra a extrema direita, junto à luta da juventude, dos artistas, das mulheres, dos LGBTs, dos negros e negras, dos municipários, dos movimentos sociais e dos trabalhadores.
O povo terá conquistado seu devido espaço de decisão através do Orçamento Participativo e Deliberativo junto à gestão, tomando decisões difíceis, como a reconstrução da cidade pós vitória e enfrentamento da pior pandemia que nossa geração já viveu.
Um governo de baixo para cima para derrubar os muros da desigualdade terá se consolidado, transformando a periferia no centro, reconhecendo talentos das nossas comunidades e avançando na regularização fundiária, já que não teremos mais 240 mil porto-alegrenses vivendo em áreas irregulares.
A Capital, representada por sua prefeitura, se somará ao amplo movimento nacional contra a extrema direita
As dívidas das grandes empreiteiras e bancos terão sido cobradas para permitir políticas de proteção aos mais vulneráveis, como o auxílio emergencial municipal, o desendividamento popular e as políticas de investimentos a pequenas e microempresas, tão devastadas pela pandemia. A atenção básica, assim como os demais serviços públicos, terá melhorado porque a saúde pública preventiva será ampliada com a criação da Empresa Pública da Estratégia da Saúde da Família.
Os preconceitos com pessoas com deficiência, o machismo, o racismo e a LGBTfobia terão recebido cartão vermelho do Paço Municipal, com a criação de um secretariado paritário e políticas públicas concretas e transversais, deixando de ter uma triste marca da Capital mais segregada racialmente do Brasil.
Quem conhece Porto Alegre, como eu e Márcio, terá tido coragem para enfrentar os privilégios dos milionários e dos políticos e coerência para manter os interesses dos trabalhadores e das classes médias como um princípio. Uma Porto Alegre que saiba que muitas cabeças pensam melhor do que algumas e que a mobilização é o caminho para grandes transformações.