Uma nova leva de boas notícias na redução dos índices de criminalidade no Rio Grande do Sul e, particularmente em Porto Alegre, indica que é possível se continuar firme no rumo da vitória na batalha contra a insegurança que corrói a tranquilidade dos gaúchos há décadas. Como demonstra a queda de indicadores, o caminho para se vencer o crime é pavimentado por uma combinação de elementos, entre eles tecnologia, inteligência, valorização dos policiais, equipamentos, colaboração da população e disposição de governantes de enfrentar um problema de alta complexidade e difícil solução.
Os indicadores sobre os principais crimes registrados em julho, em comparação com o mesmo período do ano passado, revelam que esses elementos acima estão se acumulando no Rio Grande
do Sul, em um círculo virtuoso que pode indicar no futuro a bonança tão almejada pelos gaúchos. Entre as quedas de julho ante o mesmo mês do ano anterior, ressaltem-se os homicídios, com menos 12,2%; ataques a bancos, com menos 77,8%, e roubo de veículos, com menos 27%.
Boa parte do sucesso que o Rio Grande do Sul começa a colher nesse campo se deve ao fato de que políticas de segurança iniciadas no governo Sartori tiveram continuidade e aprofundamento no atual governo
Um destaque ainda mais positivo foi a expressiva queda dos feminicídios, com menos 85,7% mesmo durante a pandemia, na qual há registros de aumento de violência doméstica no Brasil e em outros países. A diretora da Divisão de Proteção à Mulher da Polícia Civil, delegada Tatiana Bastos, demonstrou que a redução tem relação com o número de denúncias de agressões. “Quanto mais rápido a informação chegar, mais chances temos de proteger a vítima e seus filhos”, explicou a delegada. O governo, de fato, vem avançando positivamente nesse item. O aumento das Patrulhas Maria da Penha para 98 municípios, a especialização, a disponibilidade de um número de Whats-
App (51-98444.0606), a possibilidade de registros online e a criação de um comitê que reúne 16 instituições estaduais para enfrentar a violência doméstica são exemplos de que medidas concretas geram resultados concretos.
Da mesma forma, é animador se constatar que o chamado cercamento eletrônico de Porto Alegre, concluído na semana passada com a entrega de mais 162 câmeras pela prefeitura da Capital, contribuiu decisivamente para a redução, em junho de 2020 em comparação com junho de 2019, de 59,6% no número de roubos a veículos, uma chaga que sobressalta há décadas a população porto-alegrense. O cercamento monitora a circulação e a situação dos veículos nas 20 entradas e saídas da cidade, além de permitir a informação instantânea sobre a regularidade ou não do veículo. É um caso clássico de como a tecnologia pode ajudar a resolver problemas que pareciam sem solução. Em 26 meses, foram identificados 2.243 veículos furtados ou roubados, o que também elevou de oito para 39 o número de veículos recuperados a cada mês.
Toda essa combinação favorável não será suficiente para o Estado fazer a criminalidade retornar a patamares razoa velmente civilizados se não houver a compreensão de que o combate ao crime não tem ideologia ou partido. Boa parte do sucesso que o Rio Grande do Sul começa a colher nesse campo se deve ao fato de que políticas de segurança iniciadas no governo Sartori tiveram continuidade e aprofundamento no atual governo. Da mesma forma, ações como as capitaneadas pelo Instituto Floresta demonstram que o crime só será derrotado com o envolvimento de toda a sociedade. Até agora, a combinação de fatores positivos vem evidenciando que os gaúchos podem ter esperança de que vencerão mais essa batalha.