Encontrar tarifas justas e melhorar a qualidade do transporte de massa nas grandes cidades é um desafio planetário, especialmente no momento em que o setor enfrenta novas formas de concorrência ainda não totalmente compreendidas. Recente estudo do Tribunal de Contas do Estado, publicado pelo site GaúchaZH, revelou que 4 milhões de pessoas deixaram de usar ônibus na Região Metropolitana. A perda, contabilizada em cinco anos, é prenúncio de um colapso que precisa ser prevenido. Entre os motivos que motivaram a debandada aparece, com preponderância, o crescimento dos aplicativos de transporte, com tarifas mais atrativas e maior comodidade aos consumidores. Mesmo que represente vantagens inegáveis do ponto de vista dos usuários, essa transformação precisa de um olhar mais atento por parte das autoridades. É fundamental que haja, como em qualquer outra atividade, condições para que se estabeleça uma concorrência justa com os outros atores – táxis, lotações, ônibus e trens –, com regras que não gerem privilégios e, portanto, propiciem um real equilíbrio do sistema.
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