Por Eduardo Cidade, secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico
Seguindo a trilha de Israel, Singapura, Barcelona e Lisboa, o prefeito Nelson Marchezan Júnior enviou ao Legislativo a alteração da lei que dispõe sobre o Fundo de Inovação e Tecnologia (FIT), voltado ao fomento a startups com soluções que gerem impacto na cidade. Há mais de duas décadas, esses países e cidades fizeram a opção de ampliar investimentos em inovação quando também possuíam, como Porto Alegre,inúmeros desafios a serem enfrentados com recursos públicos.
Considerado um país pobre e sem futuro, Singapura é, atualmente, a quarta nação mais rica do mundo. Possui 80 das cem maiores empresas de tecnologia, tem os melhores índices de educação e investirá bilhões em startups no próximo ano. Israel possuía enormes desafios hídricos, de segurança e produção de alimentos. Hoje, é um polo mundial de pesquisa e aplica milhões de dólares em startups, assim como Barcelona e Lisboa.
Projetando um futuro inovador para Porto Alegre, não é difícil perceber o alcance positivo da iniciativa inédita proposta por Marchezan em estimular startups e hackathons por meio de um fundo. Isso não é risco, é investimento! O espírito do projeto pioneiro está em incentivar uma política de incremento econômico, modernização e inovação da administração pública com resultados diretos na vida das pessoas.
O aporte inicial do FIT não possui qualquer relação com tributos pagos pelos contribuintes, virá de recurso extra, da venda da folha da prefeitura. O alcance imediato será o surgimento de novas soluções de impacto urbano e social – que muitas vezes não despertam interesse de financiadores privados. Ainda estamos dizendo a todos qual o posicionamento de Porto Alegre no mundo da inovação. Entramos no mapa global.
A estratégia é muito maior do que sentar em uma roleta de apostas. Está alinhada com as universidades e a iniciativa privada para a gestão dos recursos, prevendo coinvestimento com outros fundos para minimizar eventuais riscos. Como diz o futurista e talento local Tiago Mattos, “quem não pensa sobre o futuro cria o presente com as ferramentas do passado”. Nós queremos projetar o futuro com as novas ferramentas do presente.