Recentes análises de desempenho divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC) dão motivos para os gaúchos se orgulharem da qualidade de seu Ensino Superior. Pelo oitavo ano consecutivo, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi apontada pela pasta como melhor instituição federal do país. Outra grata notícia foi a avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao MEC, que deu à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) o primeiro lugar entre as graduações de universidades de todo o Brasil.
Um dos grandes desafios da atualidade, em função da transição demográfica atravessada pelo país, é elevar a produtividade do trabalho
No mesmo ranking em que a UFRGS aparece como a líder entre as federais – e segundo lugar na listagem geral, atrás apenas da Universidade Estadual de Campinas –, têm destaque outras instituições gaúchas públicas e privadas, entre as 30 melhores, como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Os resultados reafirmam a vocação do Estado de ser um centro relevante no país na formação de futuros profissionais, no desenvolvimento científico, na inovação e na extensão. O reconhecimento, por outro lado, mereceria uma maior reverberação para que todo o país se aproprie desta realidade e tenha a percepção exata do nível de excelência do Ensino Superior do Rio Grande do Sul.
Um dos grandes desafios da atualidade, em função da transição demográfica atravessada pelo país, é elevar a produtividade do trabalho, um caminho natural quando se aposta no saber. Na era do conhecimento, ter abundância de cérebros é condição básica para o desenvolvimento de qualquer Estado ou país. Mas, se sobra matéria-prima, ainda falta na mais meridional unidade da federação brasileira um ambiente mais fecundo para a eclosão dessa nova economia. Uma parte desta lacuna, felizmente, começa a ser preenchida pelas iniciativas ligadas ao Pacto Alegre.
As universidades gaúchas e seus parques tecnológicos são ativos estratégicos, portanto, para o nascimento de negócios disruptivos, para a lapidação de habilidades e para a atração de empresas de fora que tenham a tecnologia ou a sabedoria em qualquer área como força motriz. Só desta forma será possível deter a evasão dos mais capacitados e reter talentos no Rio Grande do Sul. Para que aqui possam se realizar profissionalmente e ajudar a recolocar o Estado na trilha do progresso