Por Eduardo Jablonski, professor e crítico literário
Estamos nos aproximando de mais uma Feira do Livro de Porto Alegre, em novembro. É a época da festividade dos livros para os sacerdotes das letras e os amantes dos livros em geral.
A Feira de Porto Alegre é a única, talvez, no Rio Grande do Sul a beneficiar quem realmente ama a literatura, porque lá se encontram os clássicos de todas as áreas e naturezas. Mas o evento ainda traz os best-sellers, os livrinhos da moda e os tops de todos os setores. Há livros caros, mas também há os baratos. Algumas bancas já chegaram a fazer promoções absurdas, R$ 1 por livro, mas foi anos atrás. Hoje talvez os mais baratos girem em torno de R$ 5.
Os viciados em livros, os escritores, estão sempre caminhando pela maior feira do Estado. Já identificamos nela José Eduardo Degrazia, Armindo Trevisan, Joaquim Moncks, Rossyr Berny, Jaime Vaz Brasil, Luiz Nicanor, Delalves Costa, Roberto Schmitt-Prym, Círio de Melo, Borges Neto, Fernando Medina, alguns menos, outros mais conhecidos, mas todos com talento para mostrar.
Alguns desses escritores visitam os colegas que estão lançando, vão às bancas para comprar livros às pencas e depois se reúnem com amigos, para conversar sobre literatura ou mesmo compram um café para já ir lendo alguma coisa do que adquiriram.
São dias de êxtase para quem ama os livros. E sempre há as bancas preferidas por uns ou por outros. Um crítico literário amigo nunca deixa de dar uma passada no IEL ou na Movimento para conhecer os novos autores do Estado e também adquirir os lançamentos dos mestres. Também vai às bancas de universidades para comprar as dissertações ou teses de crítica literária sobre os mais variados escritores. Compra dezenas dessas obras.
Para quem ama a Feira de Porto Alegre, é uma enorme emoção aguardar o momento do início, contar as semanas, os dias e as horas, nervoso, para ter o direito de percorrer a Praça da Alfândega e viajar pelos mestres do Estado, Carlos Nejar e Mario Quintana na poesia; Erico Verissimo e Moacyr Scliar na prosa; Luís Augusto Fischer e Antonio Hohlfeldt na crítica.