Com a inclusão das obras da BR-116 na pauta do governo Jair Bolsonaro, formalizada na presença do governador Eduardo Leite e de representantes do Rio Grande do Sul, a continuidade dos trabalhos ganhou, finalmente, um novo impulso. A retomada de um empreendimento tão aguardado pelos gaúchos, pela sua importância para o Estado, só se mostrou possível a partir da mobilização de líderes políticos e empresariais ligados a comunidades da Região Sul e à atuação decisiva da engenharia do Exército no canteiro de obras. Agora, é importante manter a mobilização para que o cronograma possa ser retomado sem o risco de enfrentar descontinuidade.
Triste é constatar que boa parte das obras estava prestes a ser entregue quando foi paralisada
No encontro em Brasília, ficou assegurada a duplicação de 60 quilômetros da rodovia até o final deste ano. Se a possibilidade de suplementação de R$ 120 milhões for confirmada, será possível entregar mais 45 quilômetros até dezembro, totalizando 105 quilômetros. Tudo vai depender de a demanda ser aprovada pelo Ministério da Economia e avalizada pelo Congresso.
A expectativa, no momento, é de a duplicação do trecho que vem sendo levada adiante pelo Exército entre Guaíba e Tapes ser liberada ainda neste ano. Para que mais essa oportunidade não se perca, é fundamental que sociedade gaúcha siga apoiando a ação do Exército e se mantenha em contato permanente com o Palácio do Planalto. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tem se mostrado um interlocutor de linha de frente para o futuro da 116.
O projeto de duplicação é um dos mais relevantes da história do Estado. De um lado, são absurdamente trágicos os números de mortos e feridos anuais. De outro, é quase inconcebível que grande parte do comércio e turismo entre Brasil e países do Prata passe por uma via tão maltratada.
Triste é constatar que boa parte das obras estava prestes a ser entregue, com o desembolso da maior parte dos recursos, quando foi paralisada. Iniciados em 2012, os trabalhos deveriam ter sido concluídos dois anos depois, o que até agora não ocorreu. Em alguns lotes, os serviços estão paralisados ou enfrentam lentidão devido à escassez de recursos.
Um aspecto lamentável é que, a cada interrupção, o custo se torna ainda maior, tornando cada vez mais distante a perspectiva de conclusão. Líderes gaúchos comprometidos com esta causa vital para o Estado precisam persistir na intenção de ver os trabalhos inaugurados o mais rápido possível.