Por Paulo Pimenta, deputado federal (PT-RS), líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Coordenação Nacional da Campanha Haddad Presidente
O Brasil vive um dos momentos mais graves de sua história. O governo ilegítimo e golpista, rejeitado por 97% da população, está se retirando melancolicamente, mas a plataforma eleitoral das forças conservadoras que o apoiaram quer fazer uma grande liquidação, vendendo ou fechando centenas de empresas estatais, incluindo algumas das maiores do mundo, como a Petrobras e a Eletrobras.
Tudo isso ocorre na contramão da história, quando a própria Inglaterra, berço do liberalismo e das privatizações, volta a reestatizar diversos serviços com amplo apoio da sociedade. Pouquíssimos países no mundo têm sua base na hidroeletricidade. Além do Brasil, apenas a Noruega, Canadá, Venezuela e Suécia estão nesse grupo. Em nenhum deles a indústria de energia elétrica nacional está nas mãos de empresas privadas, por razões estratégicas e também técnicas.
A Eletrobrás é a maior companhia de energia elétrica do país e a garantidora da nossa segurança energética, essencial para manter a conta de luz barata e acessível ao bolso do povo. Nela, desde os anos 50, foram investidos R$ 400 bilhões, mas querem vendê-la por pouco mais de R$ 20 bilhões.
O papel da Petrobras na operação do Pré-Sal brasileiro também está na mira. A proposta é vender as riquezas nacionais representadas pelo petróleo do Pré-Sal e tirar o protagonismo estatal de um setor que, globalmente, é mantido sob controle público.
Nos governos do PT, todos os investimentos foram de estímulo à indústria e pesquisa nacionais, com geração de empregos e renda. Destacam-se as encomendas à indústria naval, envolvendo sondas de perfuração, plataformas de produção e navios.
As estatais representam décadas de investimento, trabalho e desenvolvimento tecnológico dedicado por milhões de brasileiros. Precisamos defender a soberania, o patrimônio e as riquezas naturais do Brasil. A candidatura de Fernando Haddad representa este compromisso.