Por Marcel van Hattem, jornalista, cientista político e deputado federal eleito mais votado do Rio Grande do Sul, pelo Partido Novo
Privatizar empresas estatais é fundamental para que o Brasil supere a crise. Empresas públicas têm sido utilizadas para beneficiar dirigentes partidários, garantir cabides de emprego e para a prática da corrupção. Ilude-se quem pensa que podem ser bem administradas: são criadas justamente para servir como moeda de troca para os políticos, são sequestradas pelas corporações sindicais e são imorais por desvirtuarem a liberdade de mercado. Quem empreende é o cidadão, não o governo.
Quem melhor se aproveitou disso, quando no poder, foi o PT. A Lava-Jato demonstrou como, durante a administração petista, a corrupção já existente antes tornou-se sistêmica nas estatais. Lula, ex-presidente da República, está preso em Curitiba por causa dos crimes praticados na Petrobras, assim como estão presos muitos outros políticos de vários partidos e grandes empreiteiros que viviam das relações espúrias implementadas pelo PT nas estatais brasileiras.
O atual conselheiro econômico de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, tem frisado a necessidade de privatizar estatais. Já Bolsonaro não é tão convicto: declarou recentemente que a Eletrobras poderia ser excetuada. Nós, do Partido NOVO, defendemos que não deve haver exceções. João Amoêdo apresentou no primeiro turno a única plataforma de campanha verdadeiramente liberal, defendendo abertamente a privatização das empresas públicas.
Para o segundo turno, o Partido Novo frisou em nota que "somos absolutamente contrários ao PT, que tem ideias e práticas opostas às nossas", dentre as quais se incluem o aparelhamento das estatais e a corrupção. Votarei em Bolsonaro contra o PT, certo de que a independência da nossa bancada no Congresso será fundamental para defender um amplo programa de privatizações, como também preconiza o plano de governo do PSL, ainda que o candidato Bolsonaro por vezes titubeie. Nossa defesa é baseada em princípios e entendemos que privatizar é dever moral de quem tem respeito por quem paga imposto e quer liberdade para viver e empreender.