A digitalização do Estado é uma transformação impositiva capaz de transmutar a governança pública por meio das tecnologias disruptivas que permearão todas as relações público-privadas entre o Estado e o cidadão, trazendo imensos ganhos para o país. Também reduzirá a imensa burocracia estatal, acarretando em melhoria na vida do cidadão, qualidade nos serviços públicos e redução do tamanho do Estado e de seu custo. Ainda habilitará o controle social sobre as ações públicas, aproximando o governo das necessidades do cidadão.
O Brasil ocupa, no E-Government Development Index (EGD - Índice de Desenvolvimento do Governo Eletrônico), a 51ª posição. Para evoluirmos nesta prioridade, a Secretaria Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação, com apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC), está empreendendo a Estratégia Brasileira de Transformação Digital (E-Digital). Em nível federal, dos 1.740 serviços prestados, 38 já foram digitalmente transformados (com ganhos de mais de R$ 1,2 bilhão) e mais 72 estão sendo trabalhados. Este processo também busca integrar as digitalizações estaduais e municipais, visando a uma ambiência digital holística, centrada no cidadão usuário.
Esta transformação propiciará um aumento do controle sobre as ações da área pública e a participação cidadã nas decisões e no controle das entidades estatais e seus serviços. Com o uso de celular, o cidadão terá suas credenciais unificadas num só ambiente digital: identidade, CPF, título de eleitor, CNH, etc. Haverá redução do Custo Brasil e dos entraves burocráticos (somos o terceiro país mais burocrático do mundo e o 119º em facilidades para empreender), o que favorecerá o empreendedorismo e a eficiência do Estado. Assim, o Brasil poderá se inserir na economia globalizada, gerando um processo de desenvolvimento sustentável.
A implantação prevê mudanças na legislação e reações das corporações burocratizantes (este é o “país dos despachantes”). A sociedade brasileira precisa se conscientizar de que a digitalização do Estado construirá um Brasil com melhor qualidade de vida e uma cidadania com maior controle da máquina pública, da corrupção e do uso dos recursos que pertencem a todos os brasileiros. Nesta prioridade nacional, temos que apoiar o Brasil Digital e enfrentar corporações e a economia da burocracia. Este é o caminho para termos um Brasil desenvolvido, com protagonismo na economia globalizada.