O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, significa mais do que um dia de homenagens às mulheres. É um dia em que nós mães, educadoras, empresárias, donas de casa, estudantes, profissionais liberais devemos fazer uma reflexão sobre o nosso papel na mudança que queremos para um mundo mais amoroso, justo e sem violência.
Para a Fundação Thiago Gonzaga, as mulheres são grandes aliadas na busca por um trânsito mais humano. Ao contrário do ditado "mulher ao volante, perigo constante", as estatísticas mostram que a direção feminina é mais consciente e segura.
Em 2017, no Rio Grande do Sul, 91,4% dos motoristas que se envolveram em acidentes com mortes eram homens. Considerando todas as infrações registradas, 27,39% foram cometidas por mulheres.
Qual o motivo que leva as mulheres a serem mais responsáveis ou prudentes no trânsito?
No trânsito, a realidade se sobrepõe ao mito, desmistificando uma cultura que passou por muitas gerações, de que qualquer barbeiragem no trânsito era atribuída às mulheres com a frase "só podia ser mulher".
Mas qual o motivo que leva as mulheres a serem mais responsáveis ou prudentes no trânsito? Confesso que não sei se é uma questão de gênero, mas penso que por nós termos o dom de "carregar uma vida" durante nove meses, temos impresso em nosso DNA o cuidado fundamental para a preservação da vida e ouso dizer, da humanidade.
Esther Grossi descreve belamente este sentimento no seu depoimento para a exposição Sou Boa no Volante, do Vida Urgente: "Aprendi a dirigir para conduzir meus filhos quando eram pequenos. Portanto, para mim, dirigir está associado a prazer e a compromisso. Meu carro carregado dos filhos era como um enorme corpo grávido, onde tinha que estar garantida proteção e não risco".
Nós mulheres temos um grande desafio pela frente, o de multiplicar este sentimento de preservação da vida que trazemos conosco, para os nossos filhos, maridos e companheiros; para que o compromisso com a Vida seja de todos nós.