Após quase quatro anos e cem artigos, chega o momento de deixar esse espaço. Como texto derradeiro, compartilho um breve manifesto de ideias e valores, que podem parecer um pouco soltos, mas conectam-se para formar uma convicção de caráter.
Confio no espírito empreendedor da humanidade. Na sua capacidade de criar, inovar e colaborar, buscando soluções e gerando valor.
Acredito que o livre mercado é o melhor ambiente para liberar o potencial de cada indivíduo, na área de sua maior competência, seja artística, acadêmica ou empresarial.
Que o Império da Lei é fundamental para estabelecer segurança e estabilidade nas relações. Que a lei não pode se dobrar às pessoas, para o bem ou para o mal. A lei deve ser igual para todos. E que essa é justamente a única igualdade a ser perseguida.
A função primordial do Estado é garantir a segurança dos cidadãos e, após, educação e saúde básicos. Nada mais. Quando abrimos mão de tomarmos nossas próprias decisões, terceirizando-as ou permitindo que o Estado as tome por nós, estamos trocando a liberdade pela servidão.
Quanto mais descentralizado, quanto mais perto do povo, mais adequado e legítimo será o governo. Assim, temos que buscar um modelo que aproxime a representação de cada um de nós.
Liberdade é a ausência de coerção. Não é ter garantido senão o mar de possibilidades que a vida oferece. Não pode servir de desculpa para agredir a liberdade de outros, da forma que for, na sutileza que for.
A sociedade civil tem um papel maior do que imagina na política. O envolvimento de todos na condução da coisa pública não pode se limitar a periodicamente votar. Temos que agir e ser vigilantes, falar e ouvir.
A vida é, enfim, saber guiar-se pela dicotomia entre equilíbrio e evolução. Evoluir sem perder o equilíbrio e equilibrar-se sem parar de evoluir.
Com estas breves linhas, e agradecendo ao Grupo RBS pelo espaço concedido e aos leitores, pelo apoio e pelas críticas, me despeço, desejando que, antes de um adeus, seja um breve até logo!