Apesar de o volume de negócios online crescer vertiginosamente no mundo todo, o perigo de hackers e de todo tipo de estelionatários se aproveitarem de qualquer descuido é muito grande. Há poucos dias, fui vender uma máquina fotográfica pelo Mercado Livre. Anunciei e recebi muitas perguntas e propostas. Um dos interessados pediu que lhe mandasse um pequeno vídeo por e-mail, pois queria ver o equipamento funcionando. Aí começava o golpe! Em posse do meu e-mail pessoal, o comprador direcionou toda a operação para fora da plataforma. Sim, fui ingênuo. Não estou habituado a vender coisas online, e nem sabia que já estava me comunicando com o comprador sem qualquer proteção do Mercado Livre.
Um comunicado com logotipo e linguagem do Mercado Livre dava forma a um template que parecia oficial, me parabenizando pela venda realizada. Pedia os dados bancários para depósito do dinheiro e informava que metade já estava com o Mercado Livre. Em três dias, deveria mandar a máquina para o endereço do comprador. A partir disso, nem preciso dar mais detalhes – vocês já entenderam o que aconteceu. Acho importante disseminar histórias como essa não só para alertar outras pessoas que possam passar por situações semelhantes, mas também para enxergarmos com mais clareza o valor que plataformas como Mercado Livre e Airbnb têm na função de proteger ambos, comprador e vendedor. Existe uma questão interessante para refletirmos: a migração da maioria das operações para o mundo online vai seguir acontecendo em ordem exponencial, não há dúvida. A nossa curva de aprendizado enquanto usuários vai ser cada vez mais curta e acelerada. Mas os mecanismos de fraude também vão navegar nos sistemas digitais de forma cada vez mais sofisticada. Como podemos criar um sistema harmônico, que respeite o propósito pelo qual todos esses serviços são criados?