Início de ano escolar, primeira experiência para muitas crianças, mudança de nível para outras, trocas de escola, de turma, de professora e de colegas. Quanta ansiedade!
Em meio a tudo isso, um processo hoje reconhecido e necessário em todas as escolas: a adaptação. Entretanto, faz-se importante avaliar o significado desta palavra: ajuste de uma coisa a outra; qualidade de acomodar-se a uma determinada situação.
Chegar na escola e encontrar os amigos, receber um abraço da professora, repartir o lanche e tantas outras situações que ficam guardadas para sempre na memória.
Há algum tempo refletindo neste processo em que uma criança ingressa num ambiente novo, com outros adultos, diferentes crianças e novas regras trazendo sentimentos tão diversos quanto a alegria e o medo, a incerteza me direciona a pensar que adaptação não é a melhor definição para este processo, mas sim acolhida.
Acolher significa receber com agrado, amparar. Está relacionado a importar-se com o outro, esforçar-se para vê-lo bem e este é o maior desejo que a escola tem na recepção de novos alunos e a cada nova etapa que se inicia continuamente, ano após ano.
Na acolhida a maior preocupação é com o aluno e seus sentimentos, como envolvê-lo na rotina escolar de forma que esta seja prazerosa, que ele sinta o desejo de retornar a escola no outro dia para a novidade e convivência com seu grupo. Claro que este é um processo singular para cada criança, que depende de suas vivências e experiências anteriores, situações de apego e demanda da família. Nunca terá uma fórmula única.
O sucesso escolar não está exclusivamente centrado em boas notas ou grandes aprendizagens, mas nas pequenas alegrias do dia-a-dia: chegar na escola e encontrar os amigos, receber um abraço da professora, repartir o lanche e tantas outras situações que ficam guardadas para sempre na memória. Para que esta memória seja carinhosa há que se ter acolhimento, há que se sentir o amparo. Por isso, neste ano que se inicia, vamos acolher! Envolver nossos alunos conquistando-os, apresentando-lhes o que há de mais belo: a capacidade de renovar a esperança a cada ciclo.