Primeiramente compartilho o meu sentimento de indignação com a delinquência e de compaixão com a família que teve uma menina de 5 anos, levada em um episódio de roubo de carro em São Paulo, no dia 30 de janeiro passado.
Jamais podemos culpar o pai da menina por ter deixado a sua filha com um amigo, neste caso responsável, dentro do carro, mas infelizmente isso só é possível em países com baixo índice de criminalidade, o que infelizmente não é o caso de nosso.
Num país que em 2016 morreram 7 pessoas assassinadas por hora, registrando assim 61.283 mortes violentas intencionais no ano. Onde morreram 2.666 pessoas por latrocínio (roubo seguido de morte), crime que cresceu 50% entre 2010 e 2016. Onde no último ano teve um acréscimo de 23% na taxa de mortes de policiais/ano e onde temos 1 carro roubado ou furtado por minuto, totalizando 1.066.674 carros entre 2015 e 2016. Neste país o cidadão tem que ter a consciência que não pode, por questão de prevenção e realidade, permanecer ou permitir que familiares e amigos permaneçam dentro ou próximos a veículos.
No Brasil os veículos são os grandes desejos de quadrilhas especializadas em roubo e furto, pois a procura por esses para crime é absurda. Se utilizam de carros roubados ou furtados para desmanche (venda de peças) e clonagem, para a utilização para realização de outros crimes, como roubos de banco, a pedestres, entre inúmeros outros. Além do envio destes para países vizinhos.
Estamos vivendo no caos social, com índices de criminalidade superiores a países em guerra, situação que não nos permite prever quando e onde podemos ser atacados. O crime comum hoje é cometido pela impunidade gerada na nossa própria nação, o que estimula todos a migrarem para ações criminosas, entendendo muitas vezes que o crime compensa.
Desta forma, a consciência coletiva e o conhecimento desta realidade será o que irá permitir que cidadãos comuns não se coloquem em locais e situações de risco, agindo assim de forma preventiva.