A maior parte desses necessários processos civilizatórios ainda está em curso: a extensão de direitos às mulheres, a proteção a crianças e a idosos, o reconhecimento das diferentes expressões da sexualidade humana, a inclusão de pessoas com deficiência e a compensação a vítimas de racismo. Porém o mais lento dos avanços na moralidade parece ser o reconhecimento dos animais como detentores de direitos. Assim como em outros casos, apresentam-se contra esse progresso moral: o lucro, obtusas tradições, comodismo, pouca empatia, a arrogância da supremacia, os limites no pensamento. Não melhoraremos como civilização enquanto não vencermos mais essa barreira ética, isto é, enquanto seguirmos concebendo animais como coisas, objetos, propriedade, mercadoria.
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