A maior parte desses necessários processos civilizatórios ainda está em curso: a extensão de direitos às mulheres, a proteção a crianças e a idosos, o reconhecimento das diferentes expressões da sexualidade humana, a inclusão de pessoas com deficiência e a compensação a vítimas de racismo. Porém o mais lento dos avanços na moralidade parece ser o reconhecimento dos animais como detentores de direitos. Assim como em outros casos, apresentam-se contra esse progresso moral: o lucro, obtusas tradições, comodismo, pouca empatia, a arrogância da supremacia, os limites no pensamento. Não melhoraremos como civilização enquanto não vencermos mais essa barreira ética, isto é, enquanto seguirmos concebendo animais como coisas, objetos, propriedade, mercadoria.
Duas Visões
Libertar os animais é um dever humano, afirma professora
Para Maria de Nazareth Agra Hassen, o mais lento dos avanços na moralidade parece ser o reconhecimento dos animais como detentores de direitos