* Presidente do Lide Rio Grande do Sul
As reformas necessárias à administração pública passam por um novo modelo de gestão centrado no desenvolvimento da sociedade, tendo como protagonista a iniciativa privada. A sociedade, é preciso que se diga, tem grandes interesses vinculados às atividades desenvolvidas pelo Estado, que, por sua vez, tem como princípio básico prestar serviços que supram as necessidades coletivas de forma eficiente e eficaz.
Esse novo modelo se reveste de importância na medida em que seu objetivo é o desenvolvimento social, atinge diretamente os cidadãos, contribuindo decisivamente na melhoria dos serviços públicos prestados à sociedade.
Os conceitos de eficiência e eficácia geralmente estão mais presentes na iniciativa privada. Ela precisa deles para sobreviver diante da evolução dos mercados cada vez mais ágeis e competitivos. O princípio da eficiência significa que, em toda ação administrativa, há um bom atendimento, rapidez, urbanidade, segurança, sendo transparente, neutro e sem burocracia, sempre visando à qualidade na gestão desses vetores.
Porém, descolado dessa realidade, vemos um Estado cada vez mais inchado e burocrático, que não privilegia os agentes transformadores através da meritocracia e presta serviços de péssima qualidade.
Vivemos em uma era global de propósito e engajamento, em que as pessoas querem vivenciar e participar cada vez mais das atividades que giram ao seu redor. Os novos gestores públicos deverão ter a humildade de sair dos seus escritórios e debater com a sociedade e com a iniciativa privada modelos que possam melhorar o ambiente social e econômico em que estão inseridos.
Precisamos de gestores públicos que tenham coragem para enfrentar essas distorções geradas durante anos. Precisamos de uma sociedade e iniciativa privada mais atentas e engajadas. Precisamos, sim, de um conjunto de ações de gestão voltado à melhoria do bem-estar social; precisamos desburocratizar o ambiente econômico para aqueles que querem continuar empreendendo. Você já pensou em parar de ficar apenas reclamando e participar dessa transformação?