* Administrador
Diariamente recebemos notícias de novas prisões, conduções coercitivas nas operações deflagradas pelos órgãos de segurança e o judiciário, sendo a mais famosa a Operação Lava-Jato.
Esse cenário expõe todo o esquema de corrupção nacional e que se tornou um lugar comum na mídia escrita e falada.
Assim, quando surge a notícia de que policiais da nossa gloriosa Brigada Militar recusaram uma propina de R$ 1 milhão para livrar um meliante da prisão em flagrante, ocorre uma espécie de surpresa, uma estranheza, uma vez que o usual, para alguns, seria tê-la aceito.
Mas não é bem assim, caros leitores.
Nos nossos quadros de servidores da segurança pública a esmagadora maioria é honesta e – como em todos os segmentos sociais – existe uma minoria que envereda pelo ilícito.
O problema é que a honestidade quotidiana não é divulgada, não vira manchete de jornal.
Vejam o exemplo dos combatentes do crime. Vez por outra, no exercício da função, veem-se obrigados a recorrer ao uso de força letal para a própria salvaguarda.
Em países como a Europa e Estados Unidos, por exemplo, eles são tratados como heróis. Lá, policiais aparecem nos principais espaços do noticiário.
Aqui, ao menos quando recusam propina. Porque senão quem aparece é o bandido. Sabemos até os apelidos deles pelo jornal.
As crianças de lá querem ser policiais porque anseiam o espírito heroico de combater a injustiça e o crime. Aqui, nossas crianças da periferia têm o exemplo do bandido e da profissão do tráfico.
É hora de estimular o culto ao desempenho ético do profissional da lei e da justiça e expor suas ações destacadamente, porque não necessitamos de heróis. Nós já os temos. Precisamos é fazer com que eles apareçam e sejam mostrados como exemplo a todos nós.