Educação é base do desenvolvimento, e o Rio Grande do Sul não terá como retomar o crescimento econômico sem mudanças profundas nessa área. É o que fica evidente nas análises sob esse aspecto relacionadas à recente divulgação do Índice de Desenvolvimento Estadual - Rio Grande do Sul (iRS). O Estado, que figurava como o quarto em educação no país ainda em 2007, hoje aparece num modesto oitavo lugar. O mais grave é que se mantém há três anos consecutivos nessa posição. E não consegue esboçar reações para sair dela.
Educação de qualidade foi sempre uma vantagem competitiva do Estado, que a usava como trunfo tanto para reforçar o sentimento de ser gaúcho quanto para atrair investidores. O que preocupa é o fato de essa conquista assegurada ao longo dos anos ter sido perdida de um momento para o outro. E há um agravante a ser levado em conta por formuladores de políticas públicas: nessa área, só ocorrem avanços quando os investimentos ocorrem de forma continuada, a médio e longo prazos.
O Estado tem o dever de colocar em prática providências imediatas, que lhe permitam enfrentar aspectos preocupantes como os inaceitáveis níveis de distorção entre idade e série no Ensino Médio. Sem recuperar padrões registrados anteriormente em seu sistema de ensino, o Estado não terá como garantir uma retomada de forma sustentável e todos os gaúchos sairão perdendo.