Três ações na área de saúde pública merecem ser comemoradas num Estado que tem se defrontado mais com problemas do que com tentativas de solução para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos anos. Durante a inauguração do novo Centro Obstétrico do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou a autorização para o edital de construção do Centro de Hematologia e Oncologia do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). No mesmo dia, foi inaugurado na Capital um dos oito consultórios remotos do projeto de diagnóstico na área de oftalmologia previstos para o Estado. São ações bem-vindas que, por demandarem recursos, precisam ser acompanhadas de perto por líderes gaúchos, como garantia de cumprimento dos objetivos propostos.
Diante das dificuldades enfrentadas cotidianamente por usuários do SUS, notícias de investimentos nessa área são sempre promissoras. O centro obstétrico promete acabar com as restrições no serviço desde o ano passado. O projeto de diagnóstico na área de oftalmologia acena com a perspectiva de zerar em três meses a fila dos que esperam por atendimento – e a espera tem sido longa. O centro de hematologia e oncologia tem condições de, em três anos, oferecer um tratamento digno a pacientes com diagnóstico de câncer que hoje, muitas vezes, chegam a morrer antes de conseguirem atendimento.
Como parte dos recursos para o centro oncológico será proveniente de emendas parlamentares, é preciso que os cronogramas sejam seguidos à risca. Aguardada com expectativa, a conclusão das obras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre ocorrerá apenas um ano depois do previsto. Só com mobilização permanente, os gaúchos terão a garantia de que investimentos em favor de pacientes do SUS terão continuidade de fato.