Sob o clima de radicalismo político instalado no país, pode parecer difícil dissociar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do passionalismo que costuma cercar tanto a imagem do candidato mais citado às eleições presidenciais de 2018 quanto a do juiz federal de primeira instância Sergio Moro. Ainda assim, a inédita condenação na esfera penal de um ex-presidente da República sob a acusação de ter recebido propina precisa ser vista de forma menos emocional. É importante que seja encarada mais como consequência natural de um processo de amadurecimento contínuo de combate à corrupção no país.
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