* Deputado estadual (PMDB/RS)
É inegável o nosso momento de transformação. E verdadeira encruzilhada política, ética e institucional que vivem municípios, Estados e país. Não há outra saída que não esteja pautada essencialmente em passar a crise a limpo e, ao mesmo tempo, todos pensarmos juntos em novas formas de estruturar o Estado brasileiro.
Agora, mais do que nunca, precisamos nos questionar: afinal, quais as funções do Estado hoje em dia? Os serviços prestados atualmente são suficientes para atender as nossas demandas? Até quando aceitaremos custear uma máquina pública inchada, ineficaz e que gasta mais do que arrecada?
No Rio Grande do Sul, teremos essas respostas com o resultado de um plebiscito que será convocado pelo Governo do Estado para definir o futuro da CEEE, CRM e Sulgás. A consulta pública é um instrumento democrático que vai deliberar sobre a privatização ou federalização dessas companhias estatais.
Para se ter uma ideia da atual crise, o Rio Grande do Sul tem até junho desse ano para fazer um aporte de recursos superior a oitocentos milhões de reais na CEEE, resultado do déficit referente ao ano passado. Na CRM a situação é ainda mais grave, pois a companhia corre o risco de não ter como pagar os salários dos funcionários até o fim de 2017. A Sulgás, apesar de superavitária, necessita de altos investimentos para manter-se competitiva no mercado, recursos que o governo simplesmente não dispõe. Sem eles, a empresa se tornará obsoleta no curto prazo.
Acredito que, mais do que nunca, necessitamos de um Estado eficiente, voltado para a prestação de serviços essenciais para a população, como saúde, educação e segurança e não focado em si mesmo ou para poucos. Esse é um projeto de Estado e não de um governo, como muitos mencionam.
Não há mais espaço para personificações. É hora de agir pensando no futuro das próximas gerações, sob pena de cometermos injustiças e criarmos ainda mais distorções. O momento é sim de decidir se ficamos presos ao passado ou construirmos um novo e edificante futuro para todos!
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