Porto Alegre acorda hoje com uma boa notícia. Ela está na capa do Segundo Caderno de Zero Hora. A Fundação Iberê Camargo, um dos orgulhos da Capital, abre hoje duas novas exposições. Envolta em uma crise financeira sem precedentes, a instituição resolveu trocar o fatalismo das reclamações pelo reposicionamento. Percorreu, com coragem e eficiência, o difícil caminho entre o ideal e o possível, sem abrir mão da sua maior missão: zelar pelo patrimônio de Iberê Camargo, um gaúcho que se tornou universal.
É uma luz de inspiração no momento em que, como nunca, é preciso de desprender das nostalgias e dos modelos que deram certo no passado para reinventar o futuro. Iberê era um pintor irrequieto, obsessivo na perseguição da originalidade e da qualidade na sua obra. Um artista que conversava com suas cidades - Restinga Seca e Porto Alegre - e que hoje, certamente, estaria orgulhoso. A fundação que leva seu nome, mais uma vez, puxa o fio do carretel de um história que deve, sempre, ser contada.