Ser empresário, no Brasil, não é nada fácil. Significa não só enfrentar dificuldades burocráticas e econômicas, como também estar submetido a uma rotina insana de decisões de alto impacto no seu negócio, e sobre as quais não tem ingerência, cujo único objetivo é transferir às empresas e aos cidadãos o custo de uma máquina pública assistencialista e pesada. Vejamos um exemplo: em uma semana, o Supremo Tribunal Federal proferiu uma decisão favorável ao contribuinte, reduzindo a base de cálculo de alguns tributos. Entretanto, já na semana seguinte, como medida compensatória, o governo federal extinguiu a desoneração da folha de pagamento de vários setores. Lembro esses dois casos para reforçar que é questão de sobrevivência empresarial avaliar todas as possibilidades para não correr o risco de perder oportunidades.
Artigo
Michel Gralha: crise sem crise
Advogado
Michel Gralha