A colheita dos grãos cultivados no Rio Grande do Sul, cerais e, especialmente, oleaginosas, registra números exponenciais. O transporte desta safra 2016/2017, nos números em que ela vai se consolidando, com destino ao porto de Rio Grande exigirá uma eficiente mobilização de transportes. As empresas transportadoras e os caminhoneiros autônomos, como sempre aconteceu, darão conta de levar a carga até Rio Grande. Basta que tenham estradas adequadas, bem sinalizadas e fiscalizadas para que o fluxo não sofra solução de continuidade.
Transitando, com frequência pela BR-116 até Rio Grande, o que sentimos é um panorama desalentador. Deveríamos ter uma rodovia duplicada. Com pistas com as dimensões recomendadas pelos manuais de trânsito para, em primeiro lugar, evitar acidentes com os trabalhadores. Antevemos uma crise. Mas o Estado do Rio Grande do Sul está mobilizado e trabalhando para garantir condições de escoamento. E o governo tem bem presente o que precisa ser feito. Inclusive projeta licitar balanças para as rodovias. Caminhões com excesso de carga ajudam a deteriorar a qualidade da malha viária. Mas isso não é impedimento para que governo obtenha os recursos federais indispensáveis para duplicar a BR-116 no trecho Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande. O porto está aparelhado para armazenar os grãos, receber os navios, e em tempo ágil, escoar os produtos.
Nós do sul do Estado e, especialmente de Rio Grande, estamos mobilizados com relação a esta importante obra. Dados consolidados pela administração do porto de Rio Grande apontam que 80% de todas as cargas movimentadas no complexo portuário tem sua chegada/saída pelo modal rodoviário. Milhões de toneladas passam pelo porto. Números que, em termos de economia, evidenciam a importância da rodovia. Os recursos para a continuidade das obras estão contingenciados. A mobilização é geral, governo, setor empresarial, imprensa e sociedade que estão apoiando a duplicação e a conclusão da obra.