A agropecuária mais uma vez demonstra sua força, com reflexo direto na economia do país. Em meio ainda a turbulências políticas, com um aceno de recuperação da economia, o agro se destaca. O Brasil deverá superar a casa das 220 milhões de toneladas de grãos (1 tonelada por habitante), colocando-se entre os países maiores produtores de alimento do mundo, com expressiva projeção de crescimento do setor no país.
Só no RS, o agro representa de forma direta em torno de 45% do Produto Interno Bruto. Mais de 60% das exportações do Estado em 2016 vieram deste estratégico setor. A agricultura também registrará novos recordes de produção e plantio, com expectativa de uma colheita de mais de 33 milhões de toneladas de grãos. Cenário positivo que estamos comprovando agora na Expodireto/Cotrijal, em Não-Me-Toque.
A contribuição da Secretaria da Agricultura reflete-se no acompanhamento frequente de cada cadeia produtiva, levando ao produtor conhecimento e o apoio necessário para que tenha o melhor resultado em sua lavoura. O programa estadual de conservação do solo e da água, Conservar para Produzir Melhor, é um bom exemplo desta parceria, onde, com o apoio da Emater, proporcionamos ao agricultor informações de como plantar corretamente, manejando o solo e a água de forma adequada, com rotação de culturas, especialmente com milho, aumentado a matéria orgânica do solo. Desta forma, temos mais capacidade de infiltração de água, para que em momentos de escassez hídrica não exista queda brusca na produtividade.
Estamos com bons resultados nesta safra, tanto nas culturas de inverno como nas de verão, o que representa o fortalecimento do setor. O agro supera crises e gera mais empregos. Como presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Agricultura, temos uma pauta fundamental para que o agronegócio possa crescer ainda mais. Em tempos de queda na taxa Selic e baixa da inflação, nada mais justo que os juros do Plano Safra possam ser reduzidos, dando melhores condições de competitividade e garantia de renda aos agricultores. Portanto, não é exagero dizer que, se não fosse o agro, provavelmente a economia do país não se sustentasse neste momento, pois é um setor com muitos exemplos de gestão a seguir e com boas ideias a serem reproduzidas.