Empreendimentos corporativos de risco, ou Corporate Ventures, é como são chamadas as iniciativas inovadoras desenvolvidas em relacionamentos que envolvem médias e grandes empresas e empresas startups.
Movimento que ganha cada vez mais corpo no Brasil, a cooperação de empresários aparentemente tão distantes torna-se cada vez mais relevante na estratégia de inovação em negócios e na perpetuação das famílias empresárias. Segundo o economista Mendonça de Barros, o ecossistema das startups, no qual se inserem os projetos de Corporate Venture, se mostrará relevante no reaquecimento da economia.
Com base teórica no conceito de Inovação Aberta, termo cunhado por Henry Chesbrough, professor da Universidade de Berkeley e chairman do Centro de Open Innovation – Brasil, desenvolveram-se diversas modelagens de negócios de inovação aberta por empreendimentos corporativos de risco, todos distintos entre si, para melhor se adaptar aos mais diversos objetivos corporativos.
Para as empresas nascentes, a interação com aquelas já estabelecidas pode representar acesso à infraestrutura, redes, conhecimento, dinheiro, mercados, expertise e tudo mais que facilita o crescimento. Para as médias e grandes empresas, representa uma oportunidade para realizar uma aquisição mais discreta, para investigar um novo nicho ou mercado com menores riscos, para vencer a morosidade interna, para ser mais eficiente e outros tantos.
Entretanto, é preciso estar atento a alguns pontos cruciais, como a adequada valoração da empresa nascente e/ou de seu business plan, a modelagem tributária, societária, contratual e trabalhista do projeto.
Há um potencial a ser explorado pelas startups na captação de recursos, tais como subsídios federais à inovação, com juros bastante atraentes e, em alguns casos, até mesmo fundo perdido. Acima de tudo, é preciso apostar no alinhamento de visão e valores entre empresas de diferentes portes, atitude fundamental para que o trabalho em conjunto resulte em benefícios comuns.