A publicidade no Brasil tem o maior potencial de retorno entre as principais economias ocidentais, devido à menor competição pela atenção e interesse dos consumidores. Ou seja, o anúncio ou comercial aqui em nosso país tende a gerar mais resultados porque a competição pela atenção e interesses dos consumidores é bem menor.
Uma boa medida para se analisar essa diferença está no investimento per capita em publicidade, que é bem baixo no Brasil, na faixa de 88 dólares anuais (dados de 2015, da Strategy Analytics). Em um mercado grande e muito competitivo, caso dos EUA o valor de investimento per capita ao ano é de 567 dólares, ou seja, mais de seis vezes o nosso.
Mesmo em economias menores, mas igualmente disputadas, os valores per capita oscilam entre 4,3 e 5,5 vezes o número brasileiro, caso da Austrália (486 dólares ao ano), Noruega (472) e Reino Unido (379). E até a Argentina investe mais do que nós: 96 dólares ao ano por pessoa.
Não é sem lógica, portanto, que as campanhas publicitárias brasileiras alcançam, principalmente quando feitas com alta qualidade, resultados excepcionais em termos de aumento de volume de vendas, valor superior de preço e aumento do recall e força das marcas anunciantes.
Além disso, graças à altíssima presença da TV e do rádio na vida das pessoas e a seu grande consumo entre a população, a velocidade de retorno dos investimentos em publicidade também é bem grande por aqui inclusive em momentos de dificuldade econômica. Jornais e revistas, por sua vez, mesmo contando com uma cobertura não tão ampla no conjunto da população, são muito efetivos sobre as classes com maior poder de consumo.
Vale destacar que esse valor de US$88 anuais é a média nacional, pois em termos regionais, essa média é cerca da metade. E como o Brasil conta com grupos de comunicação de qualidade em seus principais mercados, existe uma oferta de TV, jornais, rádio e de internet com características regionais e locais, mas com padrões nacionais de execução, o que oferece espaço publicitário de primeira classe em todo o país.