A trajetória do longa-metragem Eu, Daniel Blake tem sido discreta, por razões fáceis de entender. O público, majoritariamente, prefere coisa mais leve do que a vida retratada sem glamour. Na obra do britânico Ken Loach, o protagonista infartado aos 59 anos não tem condições físicas, momentaneamente, de continuar em atividade e se vê impedido pela burocracia de obter auxílio estatal. O drama do carpinteiro de uma economia rica é igual ao da maioria de nós, de um país que se inspira no dele para fazer reformas jogando o ônus sobre quem trabalha, sempre preocupado em agradar primeiro a essa espécie de divindade chamada mercado.
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