Serenada a crise política com a definição do processo de impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer à presidência, sustentado por uma base parlamentar sólida, o Brasil volta a ter condições de promover as reformas necessárias à superação do mau momento econômico e à abertura de um novo ciclo de desenvolvimento. Mas ninguém pode se enganar, achando que tudo se resolve do dia para a noite. Muita coisa ainda precisa ser feita. A PEC do teto de gastos públicos é apenas uma espécie de pontapé inicial de um jogo duríssimo que fatalmente incluirá o enfrentamento de corporações poderosas, a correção de práticas políticas viciadas e a administração do temor natural das pessoas em época de mudanças.
Editorial