Se de um lado os recursos são minguados, de outro há demandas infindáveis. Diante dessa verdade, não há dúvida: é preciso rever o jeito de administrar. Resultados jamais mudarão se práticas não mudarem. Apesar da escassez, 370 hospitais filantrópicos e públicos receberam neste ano mais de R$ 887,6 milhões do Estado. O montante é superior aos repasses do mesmo período de 2014, de R$ 830 milhões.
Os recursos garantem à população o acesso a especialidades médicas. Em 2015, foram mais de 11 milhões de atendimentos de média e alta complexidades. Também no ano passado, o número de transplantes foi recorde no Rio Grande do Sul: 2.274, quase 10% a mais do que em 2014. Essa marca levou o Estado a tornar-se campeão na atividade, com índices semelhantes aos do Canadá e da Europa – 66,9 transplantes por milhão de habitantes. Em torno de 90% dos procedimentos são financiados pelo SUS.
O aumento na cobertura da Atenção Básica possibilita atendimento a mais de 1,5 milhão de famílias. Com 1.905 equipes implantadas, a Estratégia de Saúde da Família está presente em 95% dos municípios. A assistência precisa estar mais perto para que o profissional de saúde compreenda a vida do paciente. O ambiente social onde vive. É preciso conhecer bem para cuidar melhor. Assim se faz a prevenção.
Se muitas medidas são para médio e longo prazos, outras já apresentam resultados. O fato de registrarmos a menor taxa de mortalidade infantil da história nos faz acreditar que o programa Primeira Infância Melhor deve avançar. Está em 242 cidades e atende mais de 51 mil famílias, com quase 8 mil gestantes e 57 mil crianças.
Apesar da crise, o governo reduziu de R$ 350 milhões para R$ 97 milhões a dívida com os hospitais. Não vamos melhorar a saúde sem melhorar o Estado. É por isso que o governo Sartori busca o equilíbrio fiscal e a reestruturação da máquina pública. Nossa missão é fazer com que, ao modernizar suas funções, o aparato estatal esteja mais presente onde sua atuação é essencial. Não há nada mais importante e prioritário do que cuidar da saúde e da vida das pessoas, especialmente de quem mais precisa.