Pouco importa se a adolescente assassinada na última terça-feira na Cidade Baixa, em outra área movimentada de Porto Alegre, tinha um histórico de abandono, de pequenos delitos e vivia entre marginais. O que importa é que um ser humano foi barbaramente executado por delinquentes que desafiam a ordem pública e as autoridades, além de contribuir para a colocação da capital gaúcha no topo do ranking das cidades mais violentas do país, como documentou a última edição da revista Veja.
Mesmo que se considere exagerado o enfoque da revista, a verdade é que crimes brutais como a execução de um jovem no saguão do aeroporto ou a dessa menina numa rua praticamente central já se tornaram rotina nas grandes cidades do Estado, especialmente na Região Metropolitana, que concentra o maior número de pessoas. Tais ocorrências ampliam geometricamente a sensação de insegurança da população, que já não encontra espaço tranquilo para transitar sem riscos.
Nesse contexto de violência generalizada, fica difícil de entender a observância da legislação eleitoral ou de qualquer outro tipo de restrição para que a polícia retire de circulação criminosos de tal periculosidade. O crime organizado, o tráfico de drogas e mesmo psicopatas que agem individualmente têm que ser combatidos sempre, continuamente e sem tréguas, pois cada dia de liberdade para os criminosos é um dia a menos de vida para suas vítimas.