Citius, Altius, Fortius, que em latim significa “mais rápido, mais alto, mais forte” é o lema olímpico e deveria ser o norteador das políticas de estímulo a todas as empresas brasileiras. O esporte é uma fonte inesgotável de comparações para a vida e para os negócios.
Afinal, só existe lugar para um vencedor no topo do pódio. Isto faz perceber que a competição é dura, e o vencedor leva tudo. Bastante parecido com o desafio que temos para vender produtos e serviços no mercado global.
O esporte, especialmente aquele de alto desempenho, impõe aos atletas uma rotina espartana de treinamento e preparação, o que se conecta com a indispensabilidade de estarmos sempre estudando e nos aprimorando, a fim de melhorar nossas capacidades competitivas. As empresas também precisam adquirir máquinas e conhecimentos que as tornem melhor equipadas para vencer seus concorrentes.
Algumas competições são vencidas pela força, outras pela velocidade e outras por uma técnica mais refinada, ou ainda, pela combinação equilibrada desses elementos. Entender seus pontos fortes e fracos e os de seu concorrente permite ganhar mesmo em situações desvantajosas. A importância da visão estratégica é uma das mais valiosas lições que os judocas podem ensinar aos estudantes de qualquer ciência e aos empresários de qualquer segmento.
Competição justa é uma imposição para que se alcance o “ideal olímpico” que os gregos legaram à humanidade e o Barão de Coubertin resgatou na era moderna. Inúmeras outras comparações seriam possíveis, e fazê-las é um divertimento à parte de assistir aos Jogos.
Fossem nossas empresas expostas a uma Olimpíada como atletas, o resultado seria desastroso. Ocupamos a 37ª posição no quadro geral de medalhas olímpicas, posição bastante boa considerando o baixo incentivo que o esporte recebe. Enquanto isso, estamos na 56ª posição do ranking internacional de competitividade, de um total de 61 economias participantes. O desafio pela competitividade das empresas brasileiras é realmente de dimensões olímpicas.