Escrevi neste espaço, um tempo atrás, que cultura é tão importante quanto educação e saúde, e portanto merece um ministério exclusivo, gerindo investimentos estatais de peso. Recebi várias mensagens com críticas ferozes. Eu era louco, ou mal-intencionado, ou as duas coisas juntas. Respondi a alguns dos indignados leitores – os mais educados, é claro – e reafirmei minha opinião. Disse que a produção simbólica, a capacidade imaginativa e a arte são decisivas e estratégicas na vida em sociedade. Numa palestra recente, cheguei a afirmar: "Vamos fazer um plebiscito sobre a continuidade da Lei Rouanet. Se a maioria optar por extingui-la, tudo bem. Mas eu viajo para fora do Brasil no dia seguinte. Teria vergonha de viver num país tão indigente". Ouvi alguns aplausos, o que me animou um pouco.
Opinião
Carlos Gerbase: Boneco na avenida dos outros é colírio
O colunista escreve quinzenalmente no 2º Caderno