Ainda sob o impacto da decretação de estado de calamidade pública pelo Rio de Janeiro – manobra adotada com o objetivo de facilitar ajuda financeira às vésperas dos Jogos Olímpicos –, governadores das demais unidades federativas aceitaram ontem um alívio emergencial nos desembolsos da dívida proposto pelo Planalto. Com o acerto, os pagamentos serão retomados só em 2017, com descontos que se prorrogarão por 18 meses. Mas, além de ter efeito temporário e exigir contrapartidas pesadas para Estados já em fase de ajuste fiscal, o acordo ainda precisa avançar em relação a um aspecto sempre adiado: o pacto federativo, com medidas de prazo mais amplo, a partir de uma melhor distribuição das receitas entre as três instâncias da federação.
Editorial