O novo governo tem dado sinalizações importantes na área econômica. Embora outras áreas tenham sido objeto de loteamento e relações fisiológicas, esta está se destacando como efetiva mudança. Trata-se de área essencial para o país, considerando o lamentável estado das contas públicas. Deve-se dizer, sem margem nenhuma de dúvida, que o governo Temer começa sob a égide de uma "herança maldita". Sem uma ação eficaz na área econômica, o futuro do país pode ser sombrio.
As escolhas de Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn e Pedro Parente, assim como de suas respectivas equipes econômicas, foram excelentes opções do presidente Michel Temer. Sem dúvida, é o maior desafio dos próximos anos, condição de qualquer progresso social futuro. De nada adiantam as tagarelices "sociais" dos petistas, se nada houver para distribuir. O desemprego alcançando 14 milhões de trabalhadores é um bom exemplo disto.
O país está num atoleiro, sem que se saiba, ao certo, nem o estado real das contas públicas. Tudo indica que o rombo será muito maior do que tinha sido inicialmente previsto. A "contabilidade criativa" fez com que o país vivesse uma ficção política, que anima apenas as mentes distorcidas dos que vivem no mundo da ideologia. A maquiagem dos números foi um crime cometido contra a nação.
Não é mais possível tergiversar sobre esse ponto. Há um claro rompimento em relação ao governo Dilma. Maquiagem de contas públicas, "contabilidade criativa" e outros artifícios "político-contábeis" não mais serão admitidos. A mera transparência das contas públicas já configura um imenso progresso.
Em particular, a escolha do ex-ministro Pedro Parente para a presidência da Petrobras é uma excelente decisão presidencial. Trata-se de uma pessoa extremamente competente, capaz de tirar essa empresa estatal da lamentável situação na qual se encontra. Essa importante empresa foi literalmente apropriada partidariamente, privatizada no pior sentido da palavra. Um patrimônio nacional foi devastado. Foi objeto de um tsunami político.
Um político em tal posto seria um desastre e uma péssima sinalização para a sociedade. Graças a tal decisão, o presidente Michel Temer indica uma mudança de rumo, não fazendo nessa empresa o costumeiro loteamento das diretorias para os diferentes partidos políticos.
O petrolão é um exemplo de até onde se pode chegar quando o aparelhamento da máquina pública toma conta do Estado e de suas empresas. Até aqui o estrago petista foi incomensurável.