Embora não seja simpatizante de nenhum partido político, procuro, como brasileiro, manter-me informado do que se passa no país e participar de iniciativas (passeatas e outras manifestações legítimas) que visem a mudanças que nos permitam sair da atual situação. Acredito serem essas algumas formas de exercer a cidadania e dar uma colaboração, por pequena que seja, ao país.
Dentro do que julgo razoável e ético, discordo do modelo de governo implantado ao longo dos últimos 13 anos. Medidas populistas, aparelhamento do Estado, mau direcionamento dos recursos públicos, desmanche da educação, segurança e saúde e institucionalização da corrupção são apenas algumas das características resultantes do modo de agir de um partido que não tem compromisso com o Brasil e sim apenas com suas próprias entranhas no objetivo de permanecer no poder.
Embora tenha crença em meus ideais, seja persistente e proativo, sinto que estou ficando um pouco cansado não só pelo envolvimento, acompanhado de frustrações e sofrimento, mas, também, por toda a sequência vertiginosa dos últimos acontecimentos. Apesar de estarmos avançando, dentro da legalidade e no caminho do bem e da justiça, é desalentador constatar como aqueles que deveriam nos representar utilizam-se dos mais baixos subterfúgios para escapar de suas responsabilidades, dos desvios cometidos e ocultar a verdade. Agridem-nos como cidadãos, utilizam-se de suas autoridades investidas e recursos públicos para práticas notoriamente criminosas.
No meio de toda essa barafunda é impressionante constatar a cegueira de pessoas que insistem em não acordar para a realidade mesmo diante da comprovação de graves episódios. Embora vivam do passado e de dogmas, como veem o presente e futuro? O que desejam para seus descendentes? Citando F. Nietzsche: "O idealista é incorrigível; se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno".
Acredito que, assim como eu, todos estejamos cansados no noticiário, dos fatos, de uma solução desejada que ainda não chegou. Vamos pensar historicamente e não histericamente. Temos mais o que fazer, seguir com nossas vidas. Deixem-nos produzir e sonhar. Não há, propriamente, esquerda, centro ou direita; apenas conveniência temporária de interesses. Devemos nos unir por uma causa maior e pôr um fim a essa passagem obscura de nossa história. Vamos, além de nossas vidas particulares, respeitar e cultuar a terra que habitamos. O Brasil merece ser amado por todos nós.