De tão acostumados com a desfaçatez da paisagem à nossa volta, nem nos surpreendemos mais quando um pensador célebre como o colombiano Bernardo Toro nos visita e diz não ver saída, nesse ou em qualquer outro país, sem um sistema educacional de qualidade idêntica para ricos e pobres. Mais: que, na Suécia, país civilizado, o herdeiro do presidente da Volvo pode frequentar a mesma escola do filho de um pescador. E, aí, quando homens públicos começam a tombar às pencas bem do alto, nos resta lembrar de um Caetano Veloso irado na música Podres poderes: "Será que esta minha estúpida retórica terá que soar, terá que se ouvir por mais zil anos?"
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