Começou e com raiva a sexta temporada de The Walking Dead. Eu fiquei sem fôlego nos primeiros episódios, vocês não?
O mundo criado na quinta temporada, Alexandria, sugeria alguma tranquilidade para os agora bem treinados soldados do policial Rick Grimes. O condomínio autossuficiente, habitado por seres civilizados (ou nem tanto), prometia uma era de paz e proteção para todos que até ali chegassem. Como vemos, nadinha disso se confirmou, e o que temos é a grande pancadaria provocada por outros humanos, maus e dispostos a tudo para provar que a maldade, ao contrário dos zumbis, continua vivinha da silva.
Vemos que o grupo de sobreviventes que acompanhamos desde o início da série se transformou mesmo em um tipo de Rick's Army, armados até os dentes e com os dentes, para o que der e vier. Carol, a ex-viúva suave, pode ser a melhor representante desse novo estado de coisas. Morgan Jones, o samurai desprovido de espada e cheio de ética, pode ser o contraponto de Carol, tentando manter seres vivos vivos, quando eles mesmos tornam a sua presença insustentável.
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E parece que é por aí que a sexta temporada da nossa série favorita se encaminha. Os humanos sobrevivem e se tornam o que sempre foram. Uns, bons, dentro do possível, e os outros, detestáveis. Parece que TWD se encaminha para um debate ético resolvido com armas de fogo ou o que houver por perto. Por isso mesmo, esta temporada se mostra potente e assustadora desde o primeiro episódio, e por isso mesmo vamos roer unhas e seguir assistindo, porque é para isto que TWD serve: para nos testar. Ver é ser testado e, talvez aprovado. Fica a dica.