Call the Midwife é mais uma pérola da BBC, e olhem que são muitas pérolas produzidas por lá, de fazer aqueles colares de três voltas com que minha mãe sonhava.
O mundo é o lado pobre de Londres, no distante ano de 1957, e é nele que uma jovem de 22 anos, Jenny Lee, descobre a vida, na forma de bebês que não param de nascer naquela relativa favela londrina. Jenny acabou de se formar enfermeira e parteira e se junta a um grupo de colegas, todas de bicicleta, trabalhando para o recém-criado Serviço Nacional de Saúde, orgulho da Inglaterra do pós-guerra.
O tom é um pouco romanceado, os atores nem sempre são os melhores, mas as histórias são contagiantes, os bebês são bebês, e quem resiste a um bebê, minha gente?
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Hoje, a gente vê muitas pessoas que querem partos de cócoras, em algum bosque, longe dos hospitais. Vendo Call the Midwife, a gente se dá conta de como o processo é complexo e cheio de riscos. A gente se dá conta de que, de natural, parto não tem quase nada, e que mais importante do que o método é o bebezinho do lado de cá, berrando e bem vivo, com a mãe idem.
Jenny está do lado certo da luta, e a gente viaja com ela pelos becos do East End londrino, pelos seus muitos personagens caleidoscópicos, e pensa que no fim do dia, se um bebê nasce e encontra pessoas do lado de cá que ele possa segurar com o dedinho, e que olhem para ele como se fosse a oitava maravilha do universo - que ele é - tudo vai bem, mesmo quando vai mal.
Está na Netflix, e para ver é só fazer clique. Faça, e vamos em frente.