No dia em que o governo federal pode revelar sua nova configuração, com o enxugamento de ministérios, a grande expectativa para o agronegócio é com relação às pastas voltadas ao atendimento do setor. Depois de muita preocupação - e barulho - com as possibilidades ventiladas de fusão ou extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que atende os produtores familiares, a conversa agora seria outra.
Nos bastidores, o que se fala é que o Planalto teria voltado atrás e optado em manter a estrutura. Pelo menos essa tem sido a leitura do silêncio que deu lugar à boataria de antes.
- A princípio, não tem nada que diga que está garantido, mas se parou de falar nas possíveis configurações, como se falava antes. Houve mobilizações fortes pela manutenção e acho que isso fez o governo mudar de ideia - afirma Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).
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Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado federal Heitor Schuch (PSB), que protocolou documento na Casa Civil pedindo a manutenção do ministério, afirma estar mais aliviado:
- Parlamentares ligados à presidente, ao PT, com mais informações de bastidores, nos disseram que o governo havia abandonado a ideia.
Surgiu, inclusive, outra especulação: a de que o Ministério da Pesca poderia ser incorporado ao MDA. O titular do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, sempre negou que tivesse sido sondado pela presidente Dilma Rousseff sobre eventual extinção - foi assim na passagem pela Expointer e também em comissão na Câmara dos Deputados.
A total garantia de tranquilidade para quem briga pela continuidade da pasta criada em 1999 só virá mesmo quando o anúncio oficial do "fico" vier.