A boa notícia da segunda-feira é a desativação do último lixão da Região Metropolitana de Porto Alegre. A prefeitura de Viamão mandará para um aterro sanitário os resíduos que antes seriam despejados a céu aberto num espaço sem preparação e cuidado ambiental. O Rio Grande do Sul espera agora a solução em Uruguaiana para varrer com o último lixão ainda em uso.
Será o fim da Era dos Lixões, aqueles espaços com crianças, mulheres e homens sobre montanhas de resíduos, misturados a porcos, cães, urubus e outros animais. Não é a solução para o problema que geramos todos os dias para o Planeta, entretanto é um começo.
O aterro sanitário de Minas do Leão, mantido pela iniciativa privada, já está transformando o gás metano em energia elétrica. Lá, chega o lixo doméstico de Porto Alegre e outros 130 municípios. É outro importante passo que demos.
Nosso modelo de consumo exige transformação nas práticas das indústrias. Os produtos têm muitas embalagens, plástico e papel. Quase nada é reaproveitado. Se fosse tudo separado, poderia ganhar vida nova com a reciclagem. Se fosse.
É aí que entra o consumidor, gerador do lixo, e o poder público, que faz a coleta. A separação é insuficiente e cheia de erros. Só 13% dos brasileiros têm acesso à coleta seletiva. Continuamos jogando dinheiro fora.
Enterramos milhões, bilhões de reais. São produtos recicláveis que poderiam gerar empregos e renda, além de benefícios ao meio ambiente. Mesmo assim, vamos em frente. O fim dos lixões é uma etapa.