Por Claudio Toigo Filho, CEO da RBS Mídias e membro do Conselho Editorial da RBS
Estamos em mais um Mês Farroupilha, um momento em que celebramos nossas tradições e valorizamos nossa identidade gaúcha, que nos define para além do simples local onde nascemos. Essa identificação foi formada por meio de uma história repleta de conquistas e superação, que nutriu sentimentos de pertencimento e muito orgulho.
Orgulho de ser gaúcho, de termos construído um Estado reconhecido pelos seus avanços econômicos, sociais e culturais. Um legado construído por muitas gerações, que, infelizmente, vinha perdendo força nas últimas décadas até começar a dar sinais de que uma virada positiva estava em curso.
A união precisa continuar presente na realização dos objetivos comuns
Então, veio a enchente deste ano, impondo grandes e numerosos desafios. Nos encontramos agora numa encruzilhada histórica, e está em nossas mãos transformar a crise em uma oportunidade para a retomada estrutural necessária. Diante das muitas frentes de reconstrução, há duas condições fundamentais para termos um futuro melhor.
A primeira é a união. Precisamos ser e agir de forma diferente. Em tempos de polarização e baixa disposição para construção conjunta, é necessário haver mais cooperação e menos disputas por protagonismo. A união, manifestada na solidariedade durante a fase mais crítica da enchente, precisa continuar presente na realização dos objetivos comuns a todos os gaúchos. Os responsáveis devem estar alinhados, com papéis claros e objetivos, em um ambiente de respeito e colaboração.
A segunda condição é a educação, premissa fundamental para um futuro mais próspero e sustentável. A força de trabalho do nosso Estado entrará em declínio, e o crescimento dependerá dos ganhos de produtividade. Precisamos de uma sociedade preparada e capacitada, com oportunidades para as pessoas. Além disso, o Rio Grande do Sul corre um alto risco de aumento da evasão escolar, como ocorreu durante a pandemia.
Para que os jovens de hoje tenham o que celebrar e do que se orgulhar no futuro, precisamos agir no presente. Reafirmando nossa crença no poder transformador da comunicação, continuaremos a fazer parte da mobilização de esforços, buscando ser um farol para impulsionar e apontar caminhos.
As próximas gerações também terão um passado do qual se orgulhar? Depende de nossas atitudes e escolhas agora.