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Bombardeio contra cartel da Colômbia deixa nove mortos

AFP

Nove membros do Clã do Golfo, o maior cartel do tráfico de drogas da Colômbia, morreram em um bombardeio do Exército e da Força Aérea, anunciou o presidente colombiano, Gustavo Petro, nesta terça-feira (25).

A operação militar foi realizada em Segovia, município rico em minas de ouro no departamento de Antioquia (noroeste), segundo escreveu o presidente na rede X.

"Resultados: nove membros mortos, um capturado, 13 fuzis apreendidos", disse Petro. Entre os criminosos assassinados há um líder apelidado de "Hitler".

O Clã do Golfo é a principal organização do tráfico de drogas da Colômbia. A mineração ilegal é outra fonte de renda, assim como a extorsão e o contrabando de migrantes.

Petro tentou negociar o desarmamento do cartel depois de chegar ao poder, em agosto de 2022, mas fracassou na tentativa.

O presidente declarou um cessar-fogo unilateral em janeiro de 2023, mas o suspendeu depois que a organização impôs uma "paralisação da mineração" no noroeste do país e disparou contra as forças de segurança.

O Clã do Golfo é o grupo à margem da lei que mais cresceu em número de membros durante este governo, de acordo com o ministro da Defesa, Pedro Sánchez, que falou à AFP em meados de março.

A Colômbia enfrenta a sua pior crise de segurança em uma década, após a assinatura do acordo de paz de 2016 que desarmou a guerrilha Farc.

Delegados do governo revelaram no início deste ano que realizaram reuniões informais com altos funcionários do Clã com a intenção de dialogar.

O líder máximo do cartel, "Otoniel", foi capturado em 2021 e extraditado para os Estados Unidos no ano seguinte.

A Colômbia bateu o recorde de produção de cocaína em 2023, com 2.600 toneladas por ano, e de hectares de coca plantados (253 mil), segundo a ONU.

* AFP

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