O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou publicamente pela primeira vez, nesta sexta-feira (1º), que apoia a candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, na disputa pela presidência dos Estados Unidos contra o candidato do Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump.
A quatro dias da eleição americana, Lula associou Trump aos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2020. O ex-presidente virou alvo de investigações criminais relacionadas ao episódio.
— A Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia nos EUA —afirmou Lula, em entrevista ao canal de TV francês TF1.
— Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. Esse modelo ruiu — afirmou.
O petista é aliado do atual presidente Joe Biden, também democrata. Em tom similar ao adotado para defender o voto em Kamala, Lula já havia manifestado apoio público a Biden, antes de sua desistência da disputa. O petista argumentou que Biden deveria ser partícipe da decisão sobre sua substituição pela vice, enquanto aumentavam questionamentos sobre a capacidade física e mental do presidente americano de concorrer e se reeleger.
— Eu obviamente fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições — resumiu Lula, na TV francesa.