Sabemos que os sistemas eleitorais do Brasil e dos Estados Unidos são completamente diferentes. Enquanto no Brasil a maioria simples define quem ganha, aqui, nos Estados Unidos, os eleitores escolhem seus representantes por meio dos delegados estaduais, cujos votos têm pesos variados conforme o estado. Tirando isso, vejo muitas semelhanças no processo político dos dois locais.
Tenho conversado muito com os moradores locais e a maioria afirma que terá de escolher pelo candidato menos pior. O descrédito na política e nos personagens das disputas é algo muito comum de se observar também no Brasil. Em Porto Alegre, por exemplo, estamos saindo de uma eleição com alto índice de abstenção.
Ao dizer que sou brasileira, um senhor me disse que já ouviu falar de Bolsonaro, e que Bolsonaro e Trump são praticamente a mesma coisa. Este homem era eleitor de Kamala Harris, mas mais por ser contra o republicano do que por apoio convicto na democrata. Ao final da nossa conversa, desejou sorte a nós, brasileiros, e aos americanos e refletiu que, no fim das contas, ganhe quem ganhar, ele terá que trabalhar da mesma forma no dia seguinte.